sábado, 19 de maio de 2012

O remate!

Buenos dias Matosinhos, olha os abionz latráz...

Bons monitores os vejam, meus amigos leitores. Antes de mais, gostaria de dizer que hoje trago um tema da maior importância, relacionado com a saúde de 50% de todos nós. Não será bem 50% visto existir um rácio de 1 para 7 mas dava para perceber a ideia. Espero que se sintam confortáveis, pois a viagem de conhecimento está prestes a começar.

Desde bastante cedo que a petizada se pergunta sobre este assunto bastante delicado e que pode mudar a vida de cada um de nós, por completo, numa questão de segundo e sem grande esforço. Não fiquem agora de olho arregalado porque não iam mudar para melhor.

De todas as vezes a sensação é diferente e ainda assim, estranhamente familiar. "A morte está a cair sobre mim", pensamos nós enquanto lutamos pela vida. Essa luta leva-nos nas maiores viagens, capazes de nos submeterem a epifanias das quais nunca sonhamos serem possíveis. E o regresso, doloroso, traz consigo suores frios por todo o corpo, grunhidos, e em alguns casos vómitos e desmaios.

O poder de um remate bem colocado na zona testicular de um individuo é bastante menosprezado, erroneamente claro, pois este pode destruir por completo um ser humano. Não falo da destruição física, a dor desvanece passado umas horas, o pior é a dor psicológica, essa dor de perda, naquele momento em que se sente toda essa zona sensível ser esmagada sem dó nem piedade contra a nossa própria bacia e todos aqueles seres microscópicos serem aniquilados, condenando assim o mundo a mais uma centena de anos sem um Messias devido à brutalidade do choque. Nesse exacto momento, o individuo morre por dentro, perde toda a sua força, qual super-guerreiro, sente o frio tomar conta de si e o chamamento dos seus antepassados que o levam para o além.

Um outro problema é a mudança de sexo. Muitos remates nesta sensível zona masculina são tão brutais que acabam por transformar os testículos em ovários, tornando o maior dos machos numa menina de 7 anos (sim, de 7 anos. Nem mais, nem menos. Comprovado por estudo clínicos feitos por laboratórios independentes) incapaz de se defender.

"O que fazer neste caso?" - pergunta vocês. "Nada" - digo eu. Nada há a fazer para reverter esta mudança ao nível das gónadas masculinas. O melhor a fazer, para qualquer pessoa, de qualquer idade, é dirigir-se a uma loja de roupa feminina o mais rápido possível, mudar todo o seu guarda-roupa, mudar o nome para Samanta e esperar que ninguém dê por ela. Para quem não estiver disposto a isto, isso acabará por passar. Pelo menos é o que dizem os mitos e as lendas dos trovadores.

E voilá.

Protejam bem essas partes baixas.

Até à próxima,

E como diz o outro, "brak iu fokerzz".

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Fiofó!

Oí cáras tudo beín?!

Estou indignado! É verdade. Mas não é uma indignação qualquer. Trata-se de uma indignação à estupidez, o que é bastante raro neste mundo em que vivemos. Por isso, também me encontro estupefacto. E visto a estupefacção ser no meu dia-a-dia algo inaudito, ainda estou mais perplexo e bastante comichoso na zona das nalgas. Tantos sentimentos que estou sentindo com esta indignação. Muitos mais dos que senti quando soube que o Sarkozy perdeu as eleições por uma unha negra muito grande. O meu pote de sentimentos nesse dia estava vazio.

Pois bem, o motivo da minha indignação é a capa da revista 'Newsweek' que mostra Obama com uma aureola arco-íris e com o titulo 'Primeiro Presidente Gay'. Não dispersem, no fim tudo vai fazer sentido. Ora tal afirmação demonstra uma coisa nos responsáveis por esta truculência: paneleirice. São uns veados estes directores que deixam passar uma coisa destas. Esperem, desculpem... Não os posso chamar de paneleiros, porque é uma forma, ainda que condescendente, de chamar os homossexuais. E como é conhecimento de todos, os homossexuais são dotados de bom gosto... e isto não é nada estereotipado nem homofóbico, é facto! Um facto que não posso provar... Portanto, pessoas com bom gosto nunca iriam publicar uma capa e um título daqueles, pelo que tenho de rectificar o meu insulto e chamá-los de suínos. Ora suínos são animais com gosto aguçado para a javardice... São porcos vá. Logo animais que só procuram por alfarrobas e se não se conseguem coçar nos genitais, claramente se sentem frustrados, pelo que têm que atacar os meninos do bom gosto, que contraditoriamente gostam de falos pelo fiofó acima. Mas isso é outro tema. Quem devia levar com um fiofó contra a sua vontade era essa bicharada das revistas para ver se escrevem com algum jeitinho e mínimo interesse. Têm aqui talvez o maior exemplo de conduta, o blog que só escreve a mais pura verdade jornalística, sempre em cima dos acontecimentos mais importantes para a humanidade. Ainda não conheço esse blog, mas quem souber do que se trata, por favor, digam-me.

E este é o fim. Bastante interessante esta insídia, não foi? Ah... Já me esquecia que esta revista, a tal 'Newsweek' apenas vai usar essa capa como forma de concorrer contra uma capa da Time que mostra maminhas... e um bebé a mamar nelas(pormenores) e está longe de ser uma cabala ou acusação de Obama ser gay. É apenas uma manifestação sobre Obama ter-se mostrado a favor do casamento homossexual. Mas isso não torna em nada o meu parágrafo anterior inútil ou mesmo idiota. Nada mesmo...

Vando Campos, "O que podia ter feito melhor, mas disse: 'Não, hoje não... Tenho o interior das orelhas para purificar'"

Luna


O tempo contigo foi passado na timidez,
Agora é tarde demais e já foste de vez.
Na infinita aparição do desvanece,
Tudo o que gostamos um dia desaparece,
Perde-se na sua desmaterialização,
Mantêm-se na recordação,
Mas parece para sempre fechado,
Na prisão do eternamente negado,
Se pudéssemos destruir estas muralhas para te libertar,
Nós o faríamos,
Porque estamos cá fora... e sentimos a tua falta,
Se pudéssemos construir uma escada que lá chegasse,
Nós o faríamos,
Porque estamos cá em baixo... e sentimos a tua falta.

Dedicado à Luna. Descansa em paz!

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Nada mais doce!

Oí cáras tudo beín?!

No meio de tantos trabalhos, testes e fome em África, algo de 'interessantemente' ridículo aconteceu neste pais (para além dos políticos em geral e do campeonato de futebol português). O Pingo Doce abriu portas com uma promoção no dia do trabalhador, de se lhe tirar o chapéu... Meus amigos, foram 50% de desconto nas compras dos portugueses nesse dia. O caos. O horror. Para quem diz que queria ter lá estado para rir um pouco do desespero alheio e ainda aproveitar um bom regateio, ainda bem que não estiveram lá.  Filas para concertos de Lady Gaga são para meninos cujo odor é leite. O terror. A confusão. Passo a contar o meu testemunho neste fatídico dia.

Estava eu tão 'deprevenidamente' tranquilo em casa quando me apetece um pouco de atum. Nada mais normal que aproveitar o tempo livre e sair para ir aos traidores da Jerónimo Martins comprar atum holandês. Na minha inocência e pureza imensas, não tinha conhecimento da tamanha generosidade dos traidores, que agora pagam menos impostos e podem dar-se ao luxo de ofertas destas. Lá na Holanda tudo bem, mas o português não está preparado para estas pechinchas. A balburdia. O chinfrim. Caos instalado, a procura por atum já não foi a mesma. Tampas de sanita tornaram-se escudos e courgettes tornaram-se espadas (e outras coisas mais tarde, mas é outra história). O atum estava mesmo ali, nos enlatados, secção esta que estava com um brilho divino incomum, mas o alarido era de tal ordem desordeiro e mortal que o caminho normal deixou de ser opção. Lá me aventurei por caminhos desconhecidos e obscuros, a terrível e letal secção dos legumes e verduras. Por mais promoções que se fizessem, aquilo estava cheio. O pesadelo de qualquer criancinha que se preze era agora uma realidade obscura, pois só verde era visível, com pequenas visões de tons vermelhos e cheiro a terra e natureza. O quanto eu desejei o normal e comum ambiente poluído das cidades, o asfalto queimado e gases mortíferos, mas a presença da natureza era muito possante e uma snifadela mais forte nuns coentros curou-me logo o linfoma, aquele grande amigo que nunca vou esquecer. Estando muito mais saudável e terrivelmente triste com a perda de um amigo para a vida que me tinha atacado a medula, agora tudo o que me resta é uma vida longa e saudável. Entro na charcutaria e os enchidos, ao contrário dos legumes e do tofu, são uma raridade. Os poucos que restavam, estavam selvaticamente a ser discutidos por homens alegres e com vestes floridas e adolescentes do sexo feminino. Não consegui escapar de tão feroz batalha sem mazelas, e ainda vou na segunda, de cinco sessões cirúrgicas para retirar um pouco de salpicão que se encontra entranhado na minha camisa favorita. O pavor. A algazarra. Tendo conseguido sobreviver com marcas à batalha mais bárbara que um humano pode assistir e sofrer, cheguei ao meu objectivo. O pânico. A barafunda. Apenas uma lata de atum presente no corredor inteiro. Do outro lado... um cliente que também procurava o sabor divino e fácil de obter do peixe mais consumido por universitários (o único peixe que eles consomem). Trocámos olhares. Ele pega no frasco que sobrou de pickles e eu arrependido porque a arma que escolhi foi um courgette. Malditas adolescentes do sexo feminino. Começamos a correr em direcção ao atum, ele atira-me com pickles cheios de vinagrete, mas eu desvio-me com os meus reflexos felinos e atiro-lhe com rodelas de courgette. Ai reparo que rodelas de courgette são quase pickles, mas sem o sabor incrível dos pickles, logo estava em desvantagem. Mudei de estratégia e atirei o que restava do courgette contra o frasco de pickles, este parte-se e o cliente rival estatela-se no chão, causando bastante sofrimento a ele e uma risada daquelas a mim. Pego no atum, sorrio vitoriosamente e vou de encontro à caixa. O espalhafato. A anarquia. Filas e filas, para tão poucos trabalhadores que estavam de serviço no dia do trabalhador, os únicos que festejaram esse dia da forma correcta... a trabalhar! Finalmente, atendido... depois de estar entre um homem de estrutura e odor forte e uma senhora idosa que gostava de por a conversa em dia.

Finalmente tinha o atum que tanto desejava, no entanto reparei que me faltava o abre latas, que aquilo das aberturas fáceis é para meninos. Não consegui abrir a lata sem um equipamento próprio o que tornou a minha jornada insatisfatoria e um conto mitológico.

Vando Campos, 'O contador de histórias reais que são mentira'