quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Wanted - Dead or Alive

Oí cáras tudo beín?!

As últimas semanas foram uma loucura e ‘oficialmente’ as festividades terminam hoje, dia de reis. Que bom! Já estava farto de me vomitar todos os dias quando ouvia palavras como ‘Natal’, ‘Ano Novo’, ‘Pai Natal’ ou ‘Espirito Natalício’… Que raio de época doentia esta, tudo muito melancólico e bondoso… e falso, hipócrita digamos assim…

Mas, tenho uma boa e má notícia para os meninos em casa: O Pai Natal existe! Ou pelo menos espero que exista sim, para eu poder finalmente concretizar o meu desejo, que simplesmente se traduz em agarrar o Pai Natal, dar-lhe uma tareia das antigas, desmembrá-lo, electrocuta-lo e por fim colocar bruscamente uma bala no seu cérebro. Ou seja, simples e saudável. Pode sempre haver um palerma que pergunte porquê tanta hostilidade. Meus amigos a resposta não tem nada que se lhe diga. O Pai Natal é uma meretriz, um malandro que se vendeu à Coca-Cola e faz publicidade da grossa, mas só a criancinhas que tenham chaminés ou dinheiro para comprar o seu produto. Resumindo muito rapidamente, se és pobre, não tens casa, vives na favela, és preto, asiático ou és adulto… esquece, não existe tensão sexual entre ti e o Pai Natal, por isso ele ignora-te… ou então morres com tantas luzes de Natal se fores epiléptico...

Ninguém veste vermelho o ano todo a não ser uma rameira badalhoca (o Benfica tem permissão especial), que se vende a meninos por bolachas e leitinho. Não custava colocar só um logotipo da Coca-Cola nas costas do casaco e no trenó? Um dia apanho o malandro e faço-o cair na Etiópia, para ver se lá existe ‘espirito natalício’… Viras logo comida para quem te apanhar, e talvez escravo sexual antes disso. Que tal prolongar esse 'espírito natalício' o ano todo? Não por eu querer um mundo melhorzinho, mas sim porque seria feriado o ano todo! Maldito Barbas… Não percebo como alguém deixa entrar em suas casas um velho com cara de pirata bêbedo tarado, que foi raptado por traficantes de pessoas e ganhou gostos distorcidos, como vestir-se de vermelho e fazer visitas a meninos a altas horas da noite… Sempre achei que isso era uma espécie de crime. Enganei-me, vou fazer o mesmo para ver o que me acontece…

Pai Natal, sua quenga, se estás ler isto (claro que não, ninguem lê), lembra-te: o próximo Natal será o teu último… e depois viro-me contra o coelho da Páscoa… Prepara-te!


Cumprimentos,

Vando Campos, “O Caçador de Personagens Imaginárias Inúteis”