sábado, 29 de setembro de 2012

Meia Rota


Oí cáras tudo beín?!

Estou de volta, de volta estou. Mas por pouco tempo, que isto de clicar em teclas sem o objectivo de visionar filmes educativos sobre interacção de corpos é vantajoso por vários motivos e, por isso, dá trabalho... são vários motivos, demasiados... cansa. E estar cansado sem ser para ganhar o pão nosso de cada dia, nestes tempos não rende. Há que poupar, fazer as contas e não desperdiçar dinheiro essencial para a sobrevivência, nossa e de todos, que isto da economia gosta de se meter com todos, a atrevida... sua pega!

Epah, por exemplo, agora assim de repente, se for preciso um orçamento para uma casa nova porque a antiga está com humidade nos cantos e tinha pó numa estante, mais vale deitar abaixo e construir uma nova. Ora foi isso mesmo que o Banco Central Europeu fez e muito bem.
O prédio antigo estava com cheiro a mofo então, como qualquer outro proprietário preocupado e atento, muda-se de casa e faz-se um orçamento de 850 milhões de euros para um novo prédio.
Tirar a humidade do prédio antigo custava uns 100 mil, mas voltar a entrar num prédio que já teve um fungo maligno nas paredes era demasiada pressão a colocar nos funcionários. O visionamento de vídeos cómicos na Internet, o ocasional avião de papel para o colega do lado, o tão repugnante piropo à colega gostosa, já não seriam os mesmos. O fantasma do mofo no canto da parede iria certamente diminuir a produtividade dos empregados em todas estas actividades cruciais. Nada a apontar então.

Passemos então à derrapagem em cerca de 40% do valor estimado, apenas mais uns 350 milhões, passando de 850 para uns modestos 1,2 mil milhões. Eu sempre achei que funcionários de um banco soubessem coser meias rotas... e confirma-se, sabem e bem! A minha modista tem como centro de operações um balcão do Montepio. Agora metê-los a fazer contas? Não contem com isso. Desses 350 milhões, 200 são da inflação nos materiais de construção e tal, os tais mitos da economia... recessão, austeridade... eu lá acredito nessas coisas. Agora os outros 150 que são justificados como 'desafios imprevistos', já fazem todo o sentido. Sei de fontes seguras que o antigo edifício não possuía sequóias gigantes e nenúfares numa cascata no hall de entrada. Ora como é que se recebem as pessoas sem sequóias e nenúfares? Toda recepção devia ter uns vazinhos com plantinhas... Eu tenho um pé de feijão verde no meu hall de entrada e mesmo assim há pessoas que me criticam e depois de me censurarem duramente e com razão, não entram em minha casa. É assim. Por isso 150 milhões para uns vasos com plantas parece-me razoável e mais que justificado.
Não sejam críticos vá... Nem são eles os primeiros a romper as meias debaixo da mesa. Qualquer coisa e chama-se o Governador do Banco de Portugal para ele coser mais uma meia rota, que pelo menos a falar dá a entender que sabe meter a linha no buraco.

Vando Campos, 'aquele tão importante que até bancários cosem-lhe as meias'

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Não Gosto de Beterraba

Oí cáras tudo beín?!

Comecemos já sem a costumeira lenga-lenga sem importância para o assunto principal.
Rússia, Rússia... voçês costumavam ser fixes... União soviética e todos os seus actos invejáveis, prender miúdas que cantam contra o actual governante... Agora proibir manifestações pacificas em espaço publico por nada mais, nada menos que 100 anos, parece-vos bem?! Que falta de coerência nas vossas politicas tão liberais que têm como objectivo o futuro. Portanto, a comunidade homossexual não pode exercer o seu direito, previsto sob a alçada da liberdade de expressão, de se manifestar em todo o seu orgulho colorido, montados em unicórnios cavalgando sob arco-íris, durante um século... coisa pouca. Agora as miúdas que cantam só levam 2 anos??? Rússia, Rússia, quando é que vão aprender... Tendo em conta que elas só têm pouco mais de 20 anos, seria razoável optar no mínimo por 3 séculos e 7 meses... São gente que ainda tem muito da vida pela frente e por isso tem tempo que sobra para ficar de castigo. Elas e as pessoas que vendem beterraba, cá nojo... era um milénio e 3 dias para essas.

Mas mesmo que tudo isto seja incorrecto e uma injustiça, devia-se erradicar a beterraba e todos os seus apoiantes... ah... e é contra a liberdade de expressão, eu percebo a real razão da benevolente Rússia para tal acto, que à primeira vista parece desmedido, mas é um acto de amor. Amor amigo, não há cá paneleirices. O real motivo é tentar parar com esta mania dos homossexuais de se vangloriarem pelas ruas de que possuem melhor gosto ao escolher cortinas, são incrivelmente flexíveis com os pulsos e a obsessão em reinventar o beijo francês em público, tornando-o num wrestling de línguas em baba de caracol. Sei que são gays, sei que se orgulham de tal e fazem muito bem. Mas não é preciso montarem em unicórnios e irem para a rua festejar sobre o assunto. Sejam orgulhosos no vosso dia-a-dia. E se pensam que isto é um pensamento homofóbico, eu digo-vos que a vossa noção de pensamento liberal vos escurece um julgamento limpo e imparcial para todos, senão ora vejamos. Escravidão e preconceito racial, nomeadamente contra negros visto ter sido o mais abrangente e grave da historia. Estes hoje em dia estão livres e protegidos das práticas desses tempos, no entanto não vejo nenhum negro a sair a rua com um balde de frango frito, uma bola de basquetebol e uma arma a festejar o seu orgulho de ser negro. Não vejo nenhuma mulher a sair com um ferro de engomar e colher de pau a festejar a emancipação da mulher conseguida no século 20. Não é preciso uma mobilização geral, uma demonstração vistosa em público de que os homossexuais são gays e orgulhosos, façam-no como todos os outros de que se orgulham do que são e demonstrem-no na forma como vivem. E se me disserem 'Ah, mas é como eles são', isso sim é um pensamento homofóbico. Eles são pessoas, portanto comportem-se como tal. Há uma grande diferença entre estes que são pessoas e os outros cavaleiros de unicórnios que vomitam arco-íris e peidam borboletas que são as bichas. Uns têm um comportamento completamente normal, isto porque são normais e até se descobrir por um acaso qualquer que são gays, nunca se descobriria e nada muda depois de isso acontecer. Depois existem as bichas, em que basta um milésimo de segundo de contacto com essa pessoa e ela faz questão que nós saibamos que não só são gays, mas também atingem agudos dignos dos melhores sopranos, que gostam de contorcer compulsivamente os membros superiores e ainda de retirar a visão a outros ao vestirem tudo o que relembrar um sol felpudo.

É por causa destes que a Rússia, num acto corajoso e altruísta, fez o que fez sacrificando-se e levando com as culpas de censor, quando na realidade apenas tenta reestabelecer o balanço do universo ao relembrar que o verdadeiro orgulho não se impinge aos outros com paradas e desculpas para estar em festa e excessos, mas sim na quietude e privacidade da vida de cada um. Obrigado Rússia, sempre na vanguarda, és um protector em quem podemos confiar. Obrigado.

Vando Campos, 'O que divide os homossexuais em duas facções de forma a 'secretamente' poder ser 'homofóbico' contra pelos menos uma delas'

terça-feira, 10 de julho de 2012

Infame Regozijo

Oí cáras tudo beín?!

Ah, verão! Calor, praia, gajas, festivais, gajas, tempo livre, gajas, gajas de mini-saia, gajas de biquíni, gajas em topless, gajas nudistas, gajas em grupo, grupos de gajas, gajas que são mesmo gajas, gajas que afinal são gajos e gelados. Que estação fenomenal! Até me deu para escrever um novo texto com menos de uma semana de diferença da publicação do meu ultimo texto. O bem estar, o conforto, o êxtase, apenas comparáveis aos níveis de felicidade de um predador sexual num infantário ou numa maternidade.

Esta coisa da alegria é demasiado alegre. Eu acho que a alegria devia ser menos alegre. Não me interpretem mal, eu acho que a alegria devia ser alegre. Apenas defendo que ela seja apenas moderadamente alegre e não excessivamente alegre. É que é só alegre, podia ser um pouco aflitiva mas não... é só alegria. Uma coisa é um êxtase temporário e fortuito que, assim sendo, pode atingir elevados níveis de alegria sem problema. Agora um momento alegre que se pode alongar e tornar-se um marco no tempo, uma contagem no calendário ou uma perspectiva de melhora da economia mundial, se atinge elevados níveis de alegria, torna-se enfadonho e algo imoral. E moralidade é uma coisa que se preza muito na actualidade, por isso tenham cuidado com esses níveis de alegria. Tudo acima do contentamento pode ser perigoso. Níveis elevados de alegria regozijante podem causar uma vida saudável, preenchida e deleitosa. Já viram alguém com uma vida assim tão prazerosa? Esta é uma condição rara e evitada pelas pessoas informadas dos perigos, porque todos sabem que estes sintomas são maus para os níveis de desgraça, que ultimamente têm estado numa posição muito boa. Os níveis de desgraça nunca estiveram tão saudáveis e prevê-se que estes níveis venham a subir. No entanto, na minha opinião, os níveis de desgraça podiam estar melhor, não fossem as pessoas preguiçosas e ainda mal informadas sobre como desgraçar ainda mais a desgraça. Se houvessem grupos de apoio à desgraça, seminários sobre como aumentar o infortúnio e as calamidades, os níveis de desgraça poderiam estar no mais desgraçado possível. Agora, as pessoas precisam consciencializar-se de que precisam trabalhar para um mundo mais trágico, ou então deitamos tudo a perder e um dia cedemos à alegria e à felicidade. Se nada for feito é isso que vai acontecer e poderá ser tarde demais, porque a alegria sendo tão alegre quando vem, é para ficar. Bem nos lembramos do fatídico 'Abril Alegre' de 74. A alegria, as festas, a diversão, o júbilo... Foi deveras espectacular e alegre... e alegre é mau, não é desgraça, logo temos que estar consciencializados para que tamanha alegria não volte a acontecer.

E é isto que tinha para dizer. Se podia estar calado? Podia, mas maçar e aborrecer é um talento que os especialistas dizem que devia ser mais desenvolvido. Eles é que dizem, não fossem eles os especialistas.

Vando Campos, 'O Aporrinhador Deambulante'

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Inglório Retorno do Leccionando Abjecto

Oí cáras tudo beín?!

Exames, trabalhos, projectos! A isto se resume a vida académica que muitos pensam ser a maior festa na vida de um ser humano, também o é, mas apenas em 8 dos 10 meses de ambiente universitário. Nos outros 2 meses cuidadosamente divididos por semestres distintos, é sempre a malhar naquilo que todos gostamos e almejamos fazer todos os dias, não fosse a nossa vida tão ocupada: estudar! Mas finda esta aprazível tarefa que nenhuma canseira proporciona, finalmente me encontro nas tão merecidas férias, onde me posso recrear com as diversas actividades, desde estar sentado com o computador, a ir ao frigorífico ou ao lavabo e a voltar ao computador... Ah, a multiplicidade de tarefas que estas férias curtíssimas de 3 meses proporcionam.

Mas, como já é usual, não foi para falar do primeiro assunto apresentado, que por este meio vos escrevo, não... Antes, num acto inesperado de loucura, vou introduzir um outro assunto que não o inicial, pois este foi apenas introdutório numa débil tentativa de escrever um texto espectacular que se comparasse à 'Ilíada' de Homero, ou até mesmo à saga 'Ruca' como por exemplo 'Ruca, Vamos tomar banho'... clássicos!
Por falar de casas de banho, apesar do título de hoje ser algo pessimista e céptico, noto que mesmo os humanos mais derrotistas e sem auto-estima gostam de si mesmos. Notem por exemplo que (não rejeitem já a ideia) quando nos apercebemos com nossos aparelhos olfactivos que alguém deu um... vá... um traque, nos sentimos enojados e algo ofendidos. No entanto, quando o traque é proveniente de nosso ânus... hum... huuummmm... o aroma, a densidade, a textura, a natureza do seu espírito que lentamente se desvanece... é arte, é transcendente... é o sentido da vida em forma de gás.

Portanto, caro amigo que se sente só, que não é a pessoa mais social, que não se considera interessante ou pensa não possuir nenhuma aptidão... deixe-se soltar...relaxe e não pense... deixe seu interior falar por si e reencontre-se através do sinal de odor enviado por seu corpo, que lhe dirá o quão afável, doce e harmonioso você é!

Cumprimentos,
Vando Campos, 'O Guru Flato'

sábado, 19 de maio de 2012

O remate!

Buenos dias Matosinhos, olha os abionz latráz...

Bons monitores os vejam, meus amigos leitores. Antes de mais, gostaria de dizer que hoje trago um tema da maior importância, relacionado com a saúde de 50% de todos nós. Não será bem 50% visto existir um rácio de 1 para 7 mas dava para perceber a ideia. Espero que se sintam confortáveis, pois a viagem de conhecimento está prestes a começar.

Desde bastante cedo que a petizada se pergunta sobre este assunto bastante delicado e que pode mudar a vida de cada um de nós, por completo, numa questão de segundo e sem grande esforço. Não fiquem agora de olho arregalado porque não iam mudar para melhor.

De todas as vezes a sensação é diferente e ainda assim, estranhamente familiar. "A morte está a cair sobre mim", pensamos nós enquanto lutamos pela vida. Essa luta leva-nos nas maiores viagens, capazes de nos submeterem a epifanias das quais nunca sonhamos serem possíveis. E o regresso, doloroso, traz consigo suores frios por todo o corpo, grunhidos, e em alguns casos vómitos e desmaios.

O poder de um remate bem colocado na zona testicular de um individuo é bastante menosprezado, erroneamente claro, pois este pode destruir por completo um ser humano. Não falo da destruição física, a dor desvanece passado umas horas, o pior é a dor psicológica, essa dor de perda, naquele momento em que se sente toda essa zona sensível ser esmagada sem dó nem piedade contra a nossa própria bacia e todos aqueles seres microscópicos serem aniquilados, condenando assim o mundo a mais uma centena de anos sem um Messias devido à brutalidade do choque. Nesse exacto momento, o individuo morre por dentro, perde toda a sua força, qual super-guerreiro, sente o frio tomar conta de si e o chamamento dos seus antepassados que o levam para o além.

Um outro problema é a mudança de sexo. Muitos remates nesta sensível zona masculina são tão brutais que acabam por transformar os testículos em ovários, tornando o maior dos machos numa menina de 7 anos (sim, de 7 anos. Nem mais, nem menos. Comprovado por estudo clínicos feitos por laboratórios independentes) incapaz de se defender.

"O que fazer neste caso?" - pergunta vocês. "Nada" - digo eu. Nada há a fazer para reverter esta mudança ao nível das gónadas masculinas. O melhor a fazer, para qualquer pessoa, de qualquer idade, é dirigir-se a uma loja de roupa feminina o mais rápido possível, mudar todo o seu guarda-roupa, mudar o nome para Samanta e esperar que ninguém dê por ela. Para quem não estiver disposto a isto, isso acabará por passar. Pelo menos é o que dizem os mitos e as lendas dos trovadores.

E voilá.

Protejam bem essas partes baixas.

Até à próxima,

E como diz o outro, "brak iu fokerzz".

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Fiofó!

Oí cáras tudo beín?!

Estou indignado! É verdade. Mas não é uma indignação qualquer. Trata-se de uma indignação à estupidez, o que é bastante raro neste mundo em que vivemos. Por isso, também me encontro estupefacto. E visto a estupefacção ser no meu dia-a-dia algo inaudito, ainda estou mais perplexo e bastante comichoso na zona das nalgas. Tantos sentimentos que estou sentindo com esta indignação. Muitos mais dos que senti quando soube que o Sarkozy perdeu as eleições por uma unha negra muito grande. O meu pote de sentimentos nesse dia estava vazio.

Pois bem, o motivo da minha indignação é a capa da revista 'Newsweek' que mostra Obama com uma aureola arco-íris e com o titulo 'Primeiro Presidente Gay'. Não dispersem, no fim tudo vai fazer sentido. Ora tal afirmação demonstra uma coisa nos responsáveis por esta truculência: paneleirice. São uns veados estes directores que deixam passar uma coisa destas. Esperem, desculpem... Não os posso chamar de paneleiros, porque é uma forma, ainda que condescendente, de chamar os homossexuais. E como é conhecimento de todos, os homossexuais são dotados de bom gosto... e isto não é nada estereotipado nem homofóbico, é facto! Um facto que não posso provar... Portanto, pessoas com bom gosto nunca iriam publicar uma capa e um título daqueles, pelo que tenho de rectificar o meu insulto e chamá-los de suínos. Ora suínos são animais com gosto aguçado para a javardice... São porcos vá. Logo animais que só procuram por alfarrobas e se não se conseguem coçar nos genitais, claramente se sentem frustrados, pelo que têm que atacar os meninos do bom gosto, que contraditoriamente gostam de falos pelo fiofó acima. Mas isso é outro tema. Quem devia levar com um fiofó contra a sua vontade era essa bicharada das revistas para ver se escrevem com algum jeitinho e mínimo interesse. Têm aqui talvez o maior exemplo de conduta, o blog que só escreve a mais pura verdade jornalística, sempre em cima dos acontecimentos mais importantes para a humanidade. Ainda não conheço esse blog, mas quem souber do que se trata, por favor, digam-me.

E este é o fim. Bastante interessante esta insídia, não foi? Ah... Já me esquecia que esta revista, a tal 'Newsweek' apenas vai usar essa capa como forma de concorrer contra uma capa da Time que mostra maminhas... e um bebé a mamar nelas(pormenores) e está longe de ser uma cabala ou acusação de Obama ser gay. É apenas uma manifestação sobre Obama ter-se mostrado a favor do casamento homossexual. Mas isso não torna em nada o meu parágrafo anterior inútil ou mesmo idiota. Nada mesmo...

Vando Campos, "O que podia ter feito melhor, mas disse: 'Não, hoje não... Tenho o interior das orelhas para purificar'"

Luna


O tempo contigo foi passado na timidez,
Agora é tarde demais e já foste de vez.
Na infinita aparição do desvanece,
Tudo o que gostamos um dia desaparece,
Perde-se na sua desmaterialização,
Mantêm-se na recordação,
Mas parece para sempre fechado,
Na prisão do eternamente negado,
Se pudéssemos destruir estas muralhas para te libertar,
Nós o faríamos,
Porque estamos cá fora... e sentimos a tua falta,
Se pudéssemos construir uma escada que lá chegasse,
Nós o faríamos,
Porque estamos cá em baixo... e sentimos a tua falta.

Dedicado à Luna. Descansa em paz!

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Nada mais doce!

Oí cáras tudo beín?!

No meio de tantos trabalhos, testes e fome em África, algo de 'interessantemente' ridículo aconteceu neste pais (para além dos políticos em geral e do campeonato de futebol português). O Pingo Doce abriu portas com uma promoção no dia do trabalhador, de se lhe tirar o chapéu... Meus amigos, foram 50% de desconto nas compras dos portugueses nesse dia. O caos. O horror. Para quem diz que queria ter lá estado para rir um pouco do desespero alheio e ainda aproveitar um bom regateio, ainda bem que não estiveram lá.  Filas para concertos de Lady Gaga são para meninos cujo odor é leite. O terror. A confusão. Passo a contar o meu testemunho neste fatídico dia.

Estava eu tão 'deprevenidamente' tranquilo em casa quando me apetece um pouco de atum. Nada mais normal que aproveitar o tempo livre e sair para ir aos traidores da Jerónimo Martins comprar atum holandês. Na minha inocência e pureza imensas, não tinha conhecimento da tamanha generosidade dos traidores, que agora pagam menos impostos e podem dar-se ao luxo de ofertas destas. Lá na Holanda tudo bem, mas o português não está preparado para estas pechinchas. A balburdia. O chinfrim. Caos instalado, a procura por atum já não foi a mesma. Tampas de sanita tornaram-se escudos e courgettes tornaram-se espadas (e outras coisas mais tarde, mas é outra história). O atum estava mesmo ali, nos enlatados, secção esta que estava com um brilho divino incomum, mas o alarido era de tal ordem desordeiro e mortal que o caminho normal deixou de ser opção. Lá me aventurei por caminhos desconhecidos e obscuros, a terrível e letal secção dos legumes e verduras. Por mais promoções que se fizessem, aquilo estava cheio. O pesadelo de qualquer criancinha que se preze era agora uma realidade obscura, pois só verde era visível, com pequenas visões de tons vermelhos e cheiro a terra e natureza. O quanto eu desejei o normal e comum ambiente poluído das cidades, o asfalto queimado e gases mortíferos, mas a presença da natureza era muito possante e uma snifadela mais forte nuns coentros curou-me logo o linfoma, aquele grande amigo que nunca vou esquecer. Estando muito mais saudável e terrivelmente triste com a perda de um amigo para a vida que me tinha atacado a medula, agora tudo o que me resta é uma vida longa e saudável. Entro na charcutaria e os enchidos, ao contrário dos legumes e do tofu, são uma raridade. Os poucos que restavam, estavam selvaticamente a ser discutidos por homens alegres e com vestes floridas e adolescentes do sexo feminino. Não consegui escapar de tão feroz batalha sem mazelas, e ainda vou na segunda, de cinco sessões cirúrgicas para retirar um pouco de salpicão que se encontra entranhado na minha camisa favorita. O pavor. A algazarra. Tendo conseguido sobreviver com marcas à batalha mais bárbara que um humano pode assistir e sofrer, cheguei ao meu objectivo. O pânico. A barafunda. Apenas uma lata de atum presente no corredor inteiro. Do outro lado... um cliente que também procurava o sabor divino e fácil de obter do peixe mais consumido por universitários (o único peixe que eles consomem). Trocámos olhares. Ele pega no frasco que sobrou de pickles e eu arrependido porque a arma que escolhi foi um courgette. Malditas adolescentes do sexo feminino. Começamos a correr em direcção ao atum, ele atira-me com pickles cheios de vinagrete, mas eu desvio-me com os meus reflexos felinos e atiro-lhe com rodelas de courgette. Ai reparo que rodelas de courgette são quase pickles, mas sem o sabor incrível dos pickles, logo estava em desvantagem. Mudei de estratégia e atirei o que restava do courgette contra o frasco de pickles, este parte-se e o cliente rival estatela-se no chão, causando bastante sofrimento a ele e uma risada daquelas a mim. Pego no atum, sorrio vitoriosamente e vou de encontro à caixa. O espalhafato. A anarquia. Filas e filas, para tão poucos trabalhadores que estavam de serviço no dia do trabalhador, os únicos que festejaram esse dia da forma correcta... a trabalhar! Finalmente, atendido... depois de estar entre um homem de estrutura e odor forte e uma senhora idosa que gostava de por a conversa em dia.

Finalmente tinha o atum que tanto desejava, no entanto reparei que me faltava o abre latas, que aquilo das aberturas fáceis é para meninos. Não consegui abrir a lata sem um equipamento próprio o que tornou a minha jornada insatisfatoria e um conto mitológico.

Vando Campos, 'O contador de histórias reais que são mentira'

segunda-feira, 2 de abril de 2012

É Feio!

Oí cáras tudo beín?!

Ainda bem que já passou o fatídico dia que 'permite' que as pessoas sejam desonestas umas para com as outras. Sim, porque isto de ser bonzinho é tudo muito bonito, mas envelhece e mata.... Há que criar alimento bom, através da mentira e lágrimas de crianças.

E é para isso que o já passado dia 1 de Abril serve. Sair livre da cadeia, orgulhar nossos pais por escassos momentos e deixar crianças infelizes. Ah, a poesia! Desde dizer que não atropelei aquele puto, até poder dizer que aquele grupo de jovens negros massudos, abordou-me apenas para elogiar as minhas calças. Memórias!

Bem, se pensam que me vou alongar... nem por isso... Assim apanho-vos de surpresa e sem darem conta já leram tudo.... Muahahah, a maldade do meu coração...

Cumprimentos,
Vando Campos, "O mentiroso amante da verdade"

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Novas reformas e processos sindicais!

Buenos dias Matosinhos, olha os abionz latráz...

Mais um post, mais uma lição, mais sabedoria para todos vós. Hoje trago uma queixa por parte de alguém bastante peculiar. Pode mesmo dizer-se que é um grito de revolta que tem vindo a ser reprimido há tempo demais. Mas é par isso que servem as linhas seguintes, isto é apenas uma introdução sem sentido para encher chouriço, mas a qual vocês sempre lêem na esperança secreta de encontrar algo de valor para a vossa auto-estima. E têm razão em fazê-lo.

Todos nós tivemos pelo menos uma nas nossas vidas. Andamos com elas horas sem fim, colocamos todo o tipo de objectos, com várias formas e tamanhos dentro das suas bocas, sem nunca ouvirmos uma única queixa, e no final do dia atiramos com elas para um canto como se fossem lixo, para que na manhã seguinte voltassem a engolir e regurgitar tudo sem poderem dizer que não, sem a possibilidade de se queixarem uma única vez. Pois, as mochilas, essas escravas que suportam  tudo dentro da sua boca.

Quantos de vós não gostam de piercings ou tatuagens? Aposto que imensos, mas ao contrário de vós, as mochilas não tem escolha, levam com dedicatórias ao estilo da famosa "Amor de Mãe" inscrita num coração atravessado por uma flecha, mas no lugar da dedicatória terá "João + Maria = Amor", o que não melhora muito. Elas, com toda a certeza, não gostarão de se sentir segunda opção para quando os donos estão aborrecidos, "oh que seca, vou desenhar na moche".
Quanto aos piercings, a tortura que esses belos pedaços de tecido sofrem com eles. Piercings assim sem avisar doem em dobro. Imaginem-se a acordar a meio da noite com uma dor agudíssima na língua, a engasgarem-se no vosso próprio sangue e assim que os vossos olhos conseguem perceber o que vos rodeia mostram-vos a vossa mochila a espetar um brinco na vossa língua enquanto se ri bem alto.

Mas calma que nada está perdido. Para os amantes do "tuning mochilar" (não aqueles que rebaixam a mochila até aos calcanhares, isso também magoa), aqueles que têm necessidade de personalizar os seus utensílios. Para esses existem as "meretrizes das costas", as mochilas brancas. Por alguma razão são mais baratas, para que lhes preencham o vazio, que as percorram com a vossa criatividade, para que façam delas o que bem entenderem, artisticamente falando claro. Tudo o resto seria bastante estranho, não que eu saiba do assunto.

Se quiserem abusar da vossa criatividade, justificada ou não, usem os meios próprios. Não maltratem as pobres coitadinhas engolidoras que tanto material carregam na sua boca.
E voilá.

Cuidado como tratam as vossas coisas, elas podem retaliar...

Até à próxima,
E como diz o outro, "brak iu fokerzz"